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Notícias

Da Redação de O estopim – jornalismo com análises do Brasil e do mundo.


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O Festival Pernambuco Meu País realiza sua última etapa no Sertão do estado neste fim de semana, na cidade de Arcoverde. O evento, uma iniciativa do Governo do Estado de Pernambuco por meio da Secretaria de Cultura, Fundarpe e Empetur, contará com mais de 140 ações culturais distribuídas em 17 polos.


A programação inclui shows de artistas como Seu Jorge, Mart’nália, Maneva, Nação Zumbi, Wiu e o projeto Dominguinho, com participações de João Gomes, Mestrinho e Jota Pê. Estão previstas ainda apresentações de Mestre Ambrósio, Quinteto Violado, Petrúcio Amorim, Lirinha, Taiguara Borges e Batista Lima, abrangendo gêneros como samba, reggae, manguebeat, forró, MPB e trap.


As atividades terão início na quinta-feira (28) com a Trupe Pernambuco Meu País, um cortejo com artistas de circo, dança, música, poesia e teatro que sairá da Praça da Bandeira às 16h30 em direção à Estação da Cultura. A partir de sexta-feira (29), os polos do festival entrarão em funcionamento.


Além dos shows, a programação contempla expressões culturais como circo, teatro, dança, artes visuais, gastronomia, artesanato e culturas populares. Estão previstos cortejos com agremiações como o Elefante de Olinda, Pavão Misterioso, maracatus Leão Coroado, Águia Misteriosa, Raízes do Sertão e Raízes de Pai Adão, batalhões de bacamarte, bois, caboclinhos, ursos e afoxés.


O festival contará com polos descentralizados nos distritos de Ipojuca e Caraíbas, com espetáculos infantis e musicais. A estrutura também inclui o Rede PE, com estandes de órgãos estaduais para prestação de serviços e orientações ao público.


Em declaração, a secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, afirmou que:


Renata Borba - Presidente da Fundarpe
Cacau de Paula - Secretária de Cultura
"Arcoverde foi uma cidade que acolheu o Pernambuco Meu País com muito entusiasmo na última edição" e que a cidade "trará a força de sua cultura popular local, mas também estará de portas abertas para manifestações artísticas de todo o estado".

A presidente da Fundarpe, Renata Borba, complementou que:


Renata Borba - Presidente da Fundarpe
Renata Borba - Presidente da Fundarpe
"Arcoverde tem grande representatividade na identidade cultural do Sertão" e que o festival "reforça a força da cultura popular arcoverdense, e promove também importantes intercâmbios com outras expressões culturais".

PROGRAMAÇÃO



O Festival Pernambuco Meu País está chegando em Arcoverde!
O Festival Pernambuco Meu País está chegando em Arcoverde!

Palco Pernambuco Meu País (Estação da Cultura - Pátio):


  • 29/08 - SEXTA: Espetáculo Pernambuco Meu País (18h30), Lirinha (19h20), Nação Zumbi (20h50), Wiu (22h40), Maneva (00h30). Intervalos com Som na Rural.

  • 30/08 - SÁBADO: Samba de Coco Irmãs Lopes (18h30), Mestre Ambrósio (19h20), Taiguara Borges (20h50), Mart’nália (22h40), Seu Jorge (00h30). Intervalos com Som na Rural.

  • 31/08 - DOMINGO: João do Pife e Banda Dois Irmãos (17h30), Quinteto Violado (18h20), Petrúcio Amorim (19h50), Batista Lima (21h40), Projeto Dominguinho (23h30). Intervalos com Som na Rural.




Arcoverde vai ferver com o Festival Pernambuco Meu País!
Arcoverde vai ferver com o Festival Pernambuco Meu País!

Outros Polos (resumo):


  • Trupe Pernambuco Meu País: Cortejo na quinta (28), a partir das 16h30 na Praça da Bandeira.

  • País das Artes Cênicas (Sesc): Espetáculos de dança e teatro, dias 29 a 31/08.

  • País do Circo (Largo do Cecora): Espetáculos circenses, dias 29 a 31/08.

  • País das Culturas Populares (Praça Virgínia Guerra): Apresentações de grupos culturais, dias 29 a 31/08.

  • País Matrizes do Forró (Centro de Artesanato e Gastronomia): Shows de forró, dias 29 a 31/08.

  • País da Música (Praça das Bandeiras): Shows diversos, dias 29 a 31/08.

  • Cortejos Brincantes: Desfiles de agremiações culturais, dias 29 a 31/08, em horários e locais variados.

  • Ações Descentralizadas: Programação nos distritos de Ipojuca e Caraíbas, dias 29 a 31/08.

  • Forma PE e Fórum: Oficinas e debates no Sesc Arcoverde e na Sede do Coco Raízes de Arcoverde, entre os dias 26 e 31/08.


A programação detalhada de todos os polos está disponível no:



 
 
 
  • Foto do escritor: Redação d'O estopim
    Redação d'O estopim
  • 18 de ago.
  • 4 min de leitura
Retratos em close-up de Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva destacando suas diferentes personalidades políticas
Retratos em close-up de Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva destacando suas diferentes personalidades políticas 

O governo brasileiro enviou nesta segunda-feira (18) sua resposta oficial à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos, em meio à escalada de tensões políticas e econômicas entre os dois países. A iniciativa americana – liderada pela administração Trump – marca um dos momentos mais delicados da relação bilateral recente, com desdobramentos que atravessam setores econômicos estratégicos, ambiente internacional e questões de soberania política.


A investigação foi aberta com base na Seção 301 da lei norte-americana de Comércio de 1974, tradicionalmente usada para alegar práticas consideradas desleais por parte de parceiros comerciais. No epicentro das críticas estão temas como o sistema de pagamentos Pix – visto pelos EUA como barreira ao acesso de empresas estrangeiras –, tarifas brasileiras sobre etanol americano, alegações de pirataria e dificuldades para atuação de multinacionais digitais, além de suposta falta de proteção à propriedade intelectual e esforços insuficientes contra o desmatamento ilegal.


A gestão Trump também vinculou parte das motivações a questões políticas, incluindo críticas a decisões do Judiciário brasileiro e ao andamento de processos contra Jair Bolsonaro, o que amplia ainda mais a complexidade do caso.


Principais setores brasileiros afetados pelas tarifas de 50% dos EUA - Exportações em 2024
Principais setores brasileiros afetados pelas tarifas de 50% dos EUA - Exportações em 2024

Impactos Econômicos


Cálculos da Confederação Nacional da Indústria e de outras entidades demonstram impacto potencial severo. Projeções apontam para perdas que podem chegar a mais de R$25 bilhões no PIB em até dois anos e fechamento de até 146 mil empregos. Se a crise escalar para uma guerra comercial aprofundada, há estimativas de até 6% de retração no PIB brasileiro ao longo de uma década e destruição de milhões de postos de trabalho.


Principais setores brasileiros afetados pelas tarifas de 50% dos EUA - Exportações em 2024

Setor

Exportações para os EUA em 2024 (US$ bi)

% do total

Petróleo e derivados

7,5

18,3%

Ferro e aço

5,3

13,2%

Aeronaves e equipamentos

2,7

6,7%

Café

2,2

5,5%

Celulose

1,8

4,5%

Carne bovina

1,3

3,2%

Suco de laranja

1,1

2,7%

Máquinas e equipamentos

1,0

2,5%

Químicos

0,8

2,0%

Têxteis e calçados

0,6

1,5%

A tarifa geral de 50% imposta por Trump recai especialmente sobre produtos agrícolas e industriais. Estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de regiões do Nordeste exportadoras de calçados, suco de frutas e água de coco, estão entre os mais impactados.


Reação do Governo Brasileiro


O Itamaraty e ministérios da Fazenda, Agricultura e Indústria elaboraram uma defesa com argumentos técnicos detalhados para rebater as alegações dos EUA:

  • O Pix, afirma o governo, é totalmente aberto, interoperável e transparente, sem discriminação contra empresas estrangeiras.

  • Sobre o etanol, o Brasil aponta que as tarifas atuais são inferiores às do Mercosul e lembram que, durante anos, o produto dos EUA entrou isento de impostos, em linha com padrões internacionais.

  • Quanto à propriedade intelectual e pirataria, a resposta cita avanços regulatórios e fiscalização crescente.

  • No campo ambiental, destaca ações recentes que resultaram na queda do desmatamento, programas de rastreabilidade e fortalecimento do monitoramento legal.


Simultaneamente, o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC), denunciando que as tarifas violam compromissos multilaterais do próprio governo americano e estabelecem precedente perigoso para o comércio global.


Eduardo Bolsonaro se tornou protagonista controverso no episódio. Agindo como lobista informal pró-Trump nos EUA, Eduardo defende publicamente as sanções americanas, afirmando que são resposta legítima ao que chama de “criminalização política” de seu pai. Segundo reportagens e declarações públicas, seu trabalho em Washington é pressionar por mais medidas punitivas e atuar para dificultar negociações diplomáticas brasileiras. Há investigações em curso sobre possível vazamento de informações privilegiadas sobre as tarifas para o mercado financeiro brasileiro.


Estratégias, Alternativas e Caminhos para o Brasil


O governo Lula procura minimizar perdas negociando com países do Oriente Médio, Europa e Ásia, buscando novos mercados para produtos que hoje dependem fortemente dos EUA – como carne, celulose e suco de laranja. Países árabes, China, Índia e Reino Unido já demonstraram interesse em aumentar a parceria.


Empresas multinacionais instaladas no Brasil também pressionam Washington por uma saída negociada, temendo prejuízos bilionários e rupturas nas cadeias globais de suprimentos.


Além disso, o governo aposta no fortalecimento de laços comerciais e diplomáticos com outros emergentes, especialmente via BRICS e blocos regionais. Internamente, lançou linhas de crédito especiais para empresas atingidas e estuda compensações tributárias.


A crise atual é, em boa parte, resultado de uma tensão política que ultrapassa os limites do comércio. Para analistas internacionais, os EUA miram não apenas setores econômicos, mas buscam impor custos políticos ao governo brasileiro, explorando fissuras domésticas e levantando temas sensíveis como a atuação do Judiciário e o destino de Jair Bolsonaro.


Ao mesmo tempo, a postura firme do Brasil na OMC e o esforço de diversificação podem se traduzir em ganhos estratégicos de médio e longo prazo, fortalecendo a posição do país em negociações futuras e estimulando maior autonomia econômica e diplomática.


O caso ilustra como disputas comerciais podem rapidamente ganhar dimensões políticas globais, colocando à prova a capacidade do Brasil de defender seus interesses sem abrir mão de sua autonomia judicial e institucional. A resolução depende de equilíbrio diplomático, apoio multilateral e capacidade de adaptar a economia nacional a um contexto internacional mais complexo e competitivo.

 
 
 
  • Foto do escritor: Redação d'O estopim
    Redação d'O estopim
  • 16 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de ago.

O Teoria Literária nasceu pequeno, como tantos projetos que cabem numa mesa de aula: um exercício de Jornalismo Digital, construído para testar formatos, vozes e enquadramentos. A proposta era simples — discutir livros, teorias e leituras de mundo com método e clareza —, mas o caminho logo pediu mais: pesquisa, roteiro, entrevistas, diálogo com a cultura e com a política. Aos poucos, o que era laboratório virou prática pública: um podcast publicado em plataformas abertas, com pauta, edição e compromisso de checagem.


Identidade visual - O estopim
Identidade visual - O estopim

O percurso, porém, não foi linear. Em março de 2023, o canal Mundi Ex-Libri — arquivo de uma década de trabalho — saiu do ar. Sem aviso útil, sem possibilidade real de recuperação, o resultado foi o silêncio de centenas de vídeos e o desalento de quem produz. O próprio autor registrou: “Perdi meu antigo canal, o Mundi Ex-Libri. Pensei em desistir.” O luto por um acervo inteiro foi público; o vínculo com a comunidade de leitores e ouvintes, também.


Desistir, no entanto, teria sido aceitar a lógica do ruído. O podcast tornou-se então a ponte entre duas formações que sempre se tocaram: a bagagem do curso de Letras e das especializações em literatura, de um lado; a experiência de Jornalismo Digital, do outro. A literatura, tratada com rigor conceitual, passou a funcionar como método para ler a realidade — e não como fuga dela. Assim, episódios sobre obras e autores abriram espaço para perguntas sobre linguagem, poder e imaginário político; para entrevistas e debates que cruzam a biblioteca com a rua.


Esse deslocamento ganhou corpo também fora do estúdio. Em sala de aula, o professor observou novas formas de crença e desinformação; na redação e no microfone da Rádio Itapuama FM, o jornalista testemunhou a velocidade com que boatos se convertem em pauta e em decisão. Diante da máquina de fake news, o programa recalibrou vocabulário e propósito: menos jargão, mais explicação; menos culto ao “hot take”, mais paciência analítica. O resultado foram textos e áudios que conectam literatura a política, educação e sociedade — um arco temático que reflete a prática profissional na emissora e a convicção de que jornalismo e educação caminham juntos.


Chegou então a hora de nomear essa virada. O estopim nasce como guarda-chuva editorial do projeto — um site pessoal de jornalismo que organiza o trabalho acumulado e abre novas frentes: análises, explicadores, entrevistas, reportagens e resenhas que iluminam o Brasil e o mundo com método, contexto e linguagem clara. O podcast segue integrado ao ecossistema, publicado nas principais plataformas e em diálogo permanente com o site: a palavra como faísca, a verificação como rotina, a audiência como parte da pauta.


Esta é, portanto, a história de um arquivo perdido e de um caminho reencontrado. Do Mundi Ex-Libri à consolidação do Teoria Literária, e daqui ao O estopim, persiste uma mesma ética de trabalho: servir ao público com informação verificada, ler o presente com ferramentas da crítica e recusar atalhos que trocam complexidade por barulho. Se o antigo canal foi apagado, não se apagou o compromisso. Ele apenas mudou de casa — e ampliou o seu alcance.

 
 
 
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