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Opinião – A aprovação do requerimento de urgência do PL da Anistia na Câmara dos Deputados marca um momento vergonhoso na política brasileira, revelando o tamanho da chantagem orquestrada por figuras como Paulinho da Força, Eduardo Bolsonaro e os partidos do centrão contra as instituições democráticas.


Por Raul Silva, para O estopim | 26 de setembro de 2025


Arthur Lira (PP-SE) e políticos aliados do chamado Centrão - Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Arthur Lira (PP-SE) e políticos aliados do chamado Centrão - Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Com 70% de desaprovação ao trabalho da Câmara e clara rejeição popular à PEC da Blindagem, os parlamentares não apenas ignoram a vontade do povo, mas ainda ousam disfarçar seus crimes de anistia como "dosimetria" – um eufemismo covarde para perdoar golpistas. A manobra de Paulinho da Força deixa explícita a natureza chantagista da operação: se não aprovarem a "dosimetria", ele transformará tudo numa anistia ampla. O relator admite abertamente que "Bolsonaro vai ser beneficiado" e que o projeto "tem que beneficiar a todos", incluindo o ex-presidente condenado a 27 anos de prisão. Esta não é negociação – é extorsão pura contra a democracia brasileira.


Eduardo Bolsonaro, mesmo com o próprio partido rejeitando a PEC da Blindagem no Senado, continua atacando senadores que barraram a proposta, demonstrando o desespero da extrema-direita em blindar seus crimes. O deputado chama de "serviçais complacentes dos tiranos" justamente aqueles que defenderam as instituições democráticas contra suas investidas autoritárias.


A hipocrisia do centrão atinge níveis grotescos quando analisamos os votos na PEC da Blindagem e no PL da Anistia. O PP (Progressistas) teve 38 deputados votando a favor da PEC da Blindagem e 43 apoiando a urgência da anistia, com seu deputado Claudio Cajado sendo o próprio relator da blindagem. É um partido que se vende ao melhor ofertante, demonstrando absoluta falta de princípios democráticos. O União Brasil confirmou sua natureza oportunista com 54 votos pela blindagem e 49 pela anistia, mostrando coesão apenas na defesa dos interesses escusos. Mudaram de posição apenas quando sentiram a pressão das ruas, revelando oportunismo puro e total desrespeito pela coerência política.


O Republicanos manteve 42 votos pela blindagem e 40 pela anistia, sustentando fidelidade aos interesses anti-democráticos. Hugo Motta, do partido, escolheu Paulinho da Força como relator, demonstrando cumplicidade total com o projeto golpista. O PSD, partido da Governadora de Pernambuco Raquel Lyra, apareceu dividido na blindagem com 25 votos a favor e 18 contra, mas se unificou com 28 votos pela anistia, mostrando que a divisão interna não impediu o apoio majoritário aos golpistas quando realmente importava. O MDB, sempre fiel à tradição de apoiar qualquer medida que beneficie o poder estabelecido, contribuiu com 21 votos pela anistia.


A extrema-direita organizou-se de forma ainda mais disciplinada, com o PL sendo unânime em suas posições: 83 deputados votaram pela blindagem e 85 pela anistia. Zero votos contrários em ambas as ocasiões, demonstrando disciplina férrea na defesa dos interesses bolsonaristas. Mesmo quando seus próprios senadores recuaram no Senado por pressão popular, a bancada da Câmara manteve fidelidade absoluta ao projeto golpista. Outros partidos da extrema-direita como o PRD, com 5 votos pela anistia sem qualquer oposição interna, também se alinharam completamente aos interesses antidemocráticos.


Os números da pesquisa são cristalinos e reveladores da indignação popular: 70% de desaprovação ao trabalho da Câmara e clara rejeição à blindagem parlamentar. Mesmo assim, 311 deputados ignoraram solenemente a vontade popular para aprovar a urgência da anistia aos golpistas. A pesquisa Ipespe revela que a população brasileira não é ingênua: 58% dos eleitores rejeitam Bolsonaro entre eleitores de centro, 77% entre eleitores de Lula, e a avaliação é majoritariamente negativa entre pobres (52%) e classe média (51%). O povo sabe identificar quem são os verdadeiros inimigos da democracia, mas ainda precisa demonstrar essa consciência nas urnas.


Aqui reside a maior contradição brasileira: o mesmo eleitorado que desaprova essas medidas antidemocráticas continua votando nos mesmos partidos e políticos que as promovem. Não adianta se indignar hoje se amanhã voltaremos a eleger deputados do PP, União Brasil, Republicanos, PSD, MDB e PL. A população reclama da blindagem parlamentar mas elege os parlamentares que a aprovam. Protesta contra a anistia aos golpistas mas vota nos partidos que a defendem. Esta incoerência eleitoral é exatamente o que permite que a chantagem continue funcionando de forma eficaz.


A eleição de 2026 representa a oportunidade histórica de promover uma verdadeira limpeza no Congresso Nacional, mas isso exige consciência e coerência eleitoral do povo brasileiro. Cada voto dado aos partidos que apoiaram a blindagem e a anistia é, na prática, um voto contra a democracia brasileira. É preciso consciência eleitoral para não repetir os mesmos erros que nos trouxeram até este momento de chantagem institucional. Não se pode votar em candidatos do PL, partido que foi unânime na defesa da blindagem e da anistia, mantendo fidelidade absoluta aos interesses bolsonaristas mesmo com Bolsonaro condenado pela Justiça.


É necessário rejeitar completamente o Centrão: PP, União Brasil, Republicanos, PSD e MDB provaram ser absolutamente relativistas na defesa da democracia, mudando de posição apenas quando é conveniente politicamente. Deve-se identificar e rejeitar os políticos oportunistas que ora apoiam o governo, ora se alinham com golpistas, dependendo exclusivamente da conveniência do momento e dos interesses pessoais.


O Brasil não será verdadeiramente democratizado enquanto o eleitorado mantiver a esquizofrenia política de reprovar medidas antidemocráticas mas eleger sistematicamente seus promotores. A chantagem de Paulinho da Força, as investidas golpistas de Eduardo Bolsonaro e o oportunismo desenfreado do centrão só funcionam porque sabem que o povo brasileiro tem memória curta na hora do voto e não consegue estabelecer a necessária conexão entre indignação e ação eleitoral.


A verdadeira blindagem que o Brasil precisa não é a parlamentar – é a blindagem eleitoral contra políticos que atentam sistematicamente contra a democracia. Enquanto não tivermos a coragem coletiva de aplicar essa medicina amarga nas urnas, continuaremos eternamente prisioneiros do círculo vicioso que mantém no poder justamente aqueles que nos traem diariamente no Congresso Nacional. A responsabilidade é integralmente nossa: de cada eleitor que, indignado hoje com a chantagem parlamentar, precisa ser absolutamente coerente amanhã na urna eletrônica. Só assim quebraremos definitivamente a chantagem institucionalizada e começaremos a verdadeira limpeza democrática que o Brasil tanto necessita e merece para se tornar uma nação verdadeiramente livre e democrática.

 
 
 

Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal consolida decisão sem precedentes na história brasileira com votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin pela condenação integral do ex-presidente e sete aliados


O Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou nesta quinta-feira (11) uma decisão sem precedentes na história brasileira: a formação de maioria para condenar um ex-presidente da República por crimes contra a democracia. Com os votos das ministras Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, a Primeira Turma fechou o placar em 4 votos a 1 pela condenação de Jair Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e três crimes adicionais relacionados à trama golpista que culminou nos ataques de 8 de janeiro de 2023.


A sessão desta quinta-feira marcou um momento histórico na jurisprudência brasileira, com citações literárias, análises jurídicas aprofundadas e reflexões sobre os fundamentos do Estado Democrático de Direito que ecoaram pelos corredores do Palácio da Justiça.


Jair Bolsonaro primeiro ex-presidente condenado por tentativa de Golpe de Estado - Foto: Reprodução
Jair Bolsonaro primeiro ex-presidente condenado por tentativa de Golpe de Estado - Foto: Reprodução

O voto decisivo de Cármen Lúcia: literatura, autoritarismo e defesa da democracia


A ministra Cármen Lúcia abriu sua manifestação com uma referência que definiria o tom de todo seu voto. Citando Victor Hugo e sua obra "História de um Crime", sobre a oposição do escritor francês ao golpe de Napoleão III, a magistrada reproduziu a frase que se tornaria emblemática do julgamento: "O mal feito para o bem continua sendo mal".


"Principalmente quando ele tem sucesso. Porque então ele se torna um exemplo e vai se repetir", disse a ministra, utilizando a citação para contextualizar os ataques de 8 de janeiro de 2023. Para Cármen Lúcia, os réus da trama golpista buscaram enfraquecer o Estado de Direito sob o argumento de defender o país, mas "a Constituição não abriga atalhos autoritários, mesmo quando travestidos de bem".


Em uma das passagens mais contundentes de seu voto, a ministra rejeitou qualquer tentativa de minimizar a gravidade dos eventos que levaram aos ataques às sedes dos Três Poderes. "O 8 de janeiro de 2023 não foi um acontecimento banal, depois de um almoço de domingo, quando as pessoas saíram para passear", declarou enfaticamente.


A magistrada destacou que o episódio foi resultado de um "conjunto inédito e infame" de acontecimentos que se estendeu por meses, com estratégias diversas e prolongadas que visavam enfraquecer as instituições democráticas. "Todos os empreendimentos que espalham os seus tentáculos de objetivos autoritários são ações plurais, pensadas, executadas com racionalidade", afirmou.


Em um momento que gerou risos na sessão e quebrou a tensão do julgamento, Cármen Lúcia fez uma observação que transcendeu o aspecto puramente jurídico. Quando interrompida pelo ministro Flávio Dino, que pediu para fazer um comentário, ela respondeu de forma bem-humorada: "Desde que rápidos, porque nós mulheres ficamos 2.000 anos caladas e queremos ter o direito de falar".


A frase, que provocou risos na sessão, foi uma mensagem sobre representatividade feminina nos espaços de poder, lembrando que a voz das mulheres foi historicamente silenciada.


Um dos aspectos mais técnicos, mas politicamente relevantes do voto de Cármen Lúcia, foi sua defesa da competência do STF para julgar o caso. Em resposta direta à posição divergente de Luiz Fux, que defendeu a "incompetência absoluta" da Corte, a ministra foi categórica: "Sempre votei do mesmo jeito. Sempre entendi que a competência era do STF. Não há de novo para mim".


A magistrada alertou para o risco de casuísmo caso houvesse mudança repentina no entendimento consolidado desde 2018. "Acho que seria casuísmo, gravíssimo, que alguns fossem julgados depois da mudança e fixação das competências que já exercemos inúmeras vezes e voltar atrás nessa matéria", afirmou.


Ao analisar o conjunto probatório, Cármen Lúcia foi incisiva ao afirmar que a Procuradoria-Geral da República havia demonstrado inequivocamente a existência da trama golpista. "Para mim, a PGR fez prova cabal de que um grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras-chaves do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas".


A ministra destacou o uso de "milícias digitais" como instrumento central da estratégia para minar o exercício dos demais poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário.


O voto final de Cristiano Zanin: análise técnica e confirmação da condenação


O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, encerrou a votação confirmando a maioria pela condenação. Em seu voto técnico e detalhado, Zanin rejeitou sistematicamente todas as preliminares apresentadas pelas defesas e confirmou sua posição pela condenação integral dos réus.


Zanin afastou categoricamente a alegação de cerceamento de defesa em razão do grande volume de provas, observando que todo o material produzido pela Polícia Federal foi disponibilizado às defesas por meio de links eletrônicos. "Em processos complexos, os chamados 'megaprocessos', é natural lidar com grandes acervos, cabendo às defesas utilizar os recursos técnicos necessários", argumentou.


O ministro também rejeitou a tese de suspeição do relator Alexandre de Moraes, lembrando que o plenário já havia decidido pela improcedência dessas arguições.


No mérito, Zanin foi categórico ao afirmar que "a prova dos autos confirma a existência de uma organização criminosa armada, estruturada e hierarquizada, cujo objetivo central era assegurar a permanência de Jair Bolsonaro no poder a qualquer custo, mesmo à revelia do processo eleitoral e da vontade popular".


O ministro descreveu detalhadamente os papéis de cada réu na estrutura criminosa, destacando que "havia clara divisão de tarefas, todas voltadas a fragilizar as instituições e a pavimentar a ruptura democrática".


Zanin analisou minuciosamente os crimes previstos nos artigos 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado) do Código Penal, incluídos em 2021. Para o ministro, os fatos demonstram tentativa concreta de vulnerar as instituições democráticas.


"O bem jurídico é vulnerado quando o poder destinatário da ameaça sofre interferência concreta em razão dos atos praticados, como ocorreu com as ameaças reiteradas ao Supremo Tribunal Federal e à Justiça Eleitoral", destacou.


O ministro frisou que a violência e grave ameaça devem ser interpretadas em chave institucional. "Não se exige que a violência recaia sobre uma pessoa determinada. A grave ameaça pode se materializar no constrangimento institucional, como a retórica de decretação de medidas de exceção em descompasso com a Constituição", afirmou.


Zanin encerrou seu voto com uma síntese que se tornou uma das frases mais marcantes do julgamento: "Não se trata de atos isolados, mas de uma cadeia de condutas coordenadas que visavam vulnerar o Estado Democrático de Direito".


A decisão final da Primeira Turma ficou definida em 4 votos a 1 pela condenação. Alexandre de Moraes, como relator, abriu a votação pedindo a condenação integral de todos os réus, tratando Bolsonaro como líder de uma organização criminosa hierarquizada. Flávio Dino acompanhou integralmente o relator, mas defendeu penas diferenciadas conforme o grau de participação de cada réu.


O único voto divergente veio de Luiz Fux, que em uma análise de mais de 14 horas absolveu Bolsonaro de todos os crimes e também livrou Augusto Heleno, Almir Garnier, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira, reconhecendo apenas a responsabilidade de Mauro Cid e Walter Braga Netto.


As consequências imediatas: q que acontece agora com Bolsonaro


A condenação criminal terá consequências imediatas para os direitos políticos de Bolsonaro. Segundo especialistas, a Constituição Federal prevê automaticamente a perda de direitos políticos de um condenado durante o cumprimento da pena. Como Bolsonaro já está inelegível até 2030 por decisão do TSE, a nova condenação pode estender esse prazo até o final do cumprimento da pena criminal.


As penas máximas somadas podem chegar a 46 anos de prisão para Bolsonaro, considerando os cinco crimes pelos quais foi denunciado:


  • Organização criminosa armada: até 20 anos de reclusão

  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito: até 8 anos

  • Golpe de Estado: até 12 anos

  • Dano qualificado: até 3 anos

  • Deterioração de patrimônio tombado: até 3 anos


Contudo, o Código Penal brasileiro limita o cumprimento efetivo da pena a 40 anos. A dosimetria será definida em sessão posterior, considerando o grau de participação de cada réu e eventuais atenuantes ou agravantes.


Apesar da condenação, Bolsonaro não será preso imediatamente. A execução da pena só ocorrerá após o trânsito em julgado da decisão, quando não houver mais possibilidade de recursos. Como a decisão não foi unânime, as defesas podem apresentar embargos infringentes, submetendo o caso ao plenário do STF.


Caso a pena seja efetivamente cumprida, especialistas indicam que Bolsonaro teria que cumprir a condenação por organização criminosa armada em regime inicialmente fechado, podendo progredir para regimes menos rigorosos conforme previsto na legislação.


O Contexto Histórico e Político


A decisão marca um precedente inédito na história brasileira: pela primeira vez um ex-presidente é condenado criminalmente por crimes contra a democracia. O julgamento ocorre em um momento simbólico, próximo aos 40 anos da redemocratização e do aniversário da Constituição de 1988.


A condenação torna ainda mais improvável qualquer possibilidade de Bolsonaro disputar as eleições de 2026. Além da inelegibilidade já imposta pelo TSE, a nova condenação criminal criará um obstáculo adicional quase intransponível para uma eventual candidatura.


A decisão repercutiu imediatamente no cenário político nacional e internacional, sendo considerada um marco na defesa das instituições democráticas brasileiras. O julgamento foi acompanhado de perto por juristas, políticos e observadores internacionais, sendo visto como um teste da solidez do sistema judiciário brasileiro.


Além de Bolsonaro, foram condenados pelos mesmos crimes outros sete aliados que compunham o chamado "núcleo crucial" da trama golpista:


  • Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

  • Walter Braga Netto: ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022

  • Alexandre Ramagem: deputado federal e ex-diretor da Abin

  • Anderson Torres: ex-ministro da Justiça

  • Augusto Heleno: ex-ministro do GSI

  • Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa

  • Almir Garnier: ex-comandante da Marinha


Cada um deles desempenhava funções específicas na estrutura da organização criminosa, desde a difusão de desinformação até a mobilização de estruturas policiais e militares.


Próximos Passos Processuais


As defesas ainda podem apresentar diversos tipos de recursos. Em caso de decisão não unânime, como ocorreu, é possível a interposição de embargos infringentes, que levariam a questão ao plenário do STF para nova análise. Também cabem embargos de declaração para esclarecer possíveis obscuridades ou contradições na decisão.


A dosimetria das penas será definida ainda na sessão de hoje, onde os ministros determinarão a pena específica para cada réu, considerando fatores como grau de participação, antecedentes criminais e demais circunstâncias judiciais.


Apenas após o esgotamento de todos os recursos e o trânsito em julgado da decisão é que as penas poderão ser efetivamente executadas. Especialistas estimam que esse processo pode levar ainda alguns anos, considerando a complexidade do caso e as instâncias recursais disponíveis.


A decisão histórica desta quinta-feira representa um marco na consolidação do Estado Democrático de Direito brasileiro, estabelecendo que mesmo as mais altas autoridades não estão acima da lei quando atentam contra as instituições democráticas. Como concluiu a ministra Cármen Lúcia em seu voto: "O Brasil só vale a pena porque nós estamos conseguindo ainda manter o Estado Democrático de Direito".

 
 
 
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