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Manfestação contra a anistia - Foto: Paullo Almeida/ Folha de Pernambuco
Manfestação contra a anistia - Foto: Paullo Almeida/ Folha de Pernambuco

Os protestos, organizados pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, partistas políticos e artistas em uma das maiores mobilizações da década. São Paulo liderou com 42.400 pessoas na Avenida Paulista, segundo cálculo da Universidade de São Paulo realizado pelo Monitor do Debate Político do Cebrap.


Em Salvador, milhares se concentraram na Barra com shows de Daniela Mercury e Wagner Moura, que declarou: "Bandidagem não é com a gente". No Rio de Janeiro, Copacabana recebeu um trio elétrico com Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, que cantaram juntos contra a anistia. Brasília viu uma multidão ocupar as seis faixas do Eixo Monumental até o Congresso Nacional.


A amplitude geográfica surpreendeu analistas. Além das capitais, cidades como Juiz de Fora, Campinas e municípios do Triângulo Mineiro também registraram atos. O monitoramento das redes sociais mostrou que o engajamento superou os atos bolsonaristas do 7 de setembro, com 865 a cada 100 mil mensagens fazendo referência aos protestos contra 724 dos atos da direita.


Reação da bancada da oposição no Congresso


No Senado, a recepção aos atos foi imediata e transformadora. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), anunciou que pautará a PEC da Blindagem na próxima reunião para "sepultar de vez esse assunto". O relator Alessandro Vieira (MDB-SE) já sinalizou parecer pela rejeição.


A bancada do MDB, com 12 senadores, fechou questão contra a PEC. "É inconcebível transformar a imunidade parlamentar em impunidade universal e desmedida", declarou o líder Eduardo Braga (MDB-AM). Mesmo senadores do PL, partido que votou 100% a favor na Câmara, defendem mudanças. Jorge Seif (PL-SC) reconheceu "exageros" que precisam de correção, como o voto secreto.


Em uma das muitas bandeiras do Brasil exibidas no ato de São Paulo, o lema “Ordem e Progresso” foi substituído pelo brado “sem anistia” – Foto: Nelson Almeida/AF... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/politica/em-resposta-a-bolsonaro-ato-contra-anistia-em-sao-paulo-tem-bandeira-gigante-do-brasil/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos
Em uma das muitas bandeiras do Brasil exibidas no ato de São Paulo, o lema “Ordem e Progresso” foi substituído pelo brado “sem anistia” – Foto: Nelson Almeida/AF

Na Câmara, deputados que votaram favoravelmente começaram a se desculpar publicamente. Pedro Campos (PSB-PE), Merlong Solano (PT-PI), Sylvie Alves (União-GO) e Thiago de Joaldo (PP-SE) pediram perdão aos eleitores e reconheceram ter escolhido "o caminho errado". O fenômeno evidenciou o impacto da pressão popular sobre parlamentares.


O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), emergiu como figura central da crise política. Suas decisões de pautar tanto a PEC da Blindagem quanto a urgência da anistia, cumprindo acordo com bolsonaristas e Centrão após o motim de agosto, geraram forte rejeição popular.


Motta virou alvo direto dos manifestantes, que carregaram cartazes como "Motta Capacho", "Centrão ladrão" e "PCC: Primeiro Comando do Congresso". A estratégia de atrelar as duas pautas foi classificada como "tiro no pé" por aliados de Bolsonaro, incluindo o ex-secretário Fabio Wajngarten.


O episódio representa "mais um teste de afirmação de uma autoridade que é minada pela sombra de seus padrinhos políticos", segundo análise da Folha, referindo-se à influência de Arthur Lira e à "trajetória pendular" entre Lula e Bolsonaro. A pressão das ruas colocou Motta em posição defensiva, com sua autoridade questionada tanto pela esquerda quanto pela direita.


Ofensiva da extrema-direita contra o movimento


Simultaneamente aos atos, deputados bolsonaristas lançaram campanhas coordenadas de desinformação. Nikolas Ferreira (PL-MG) liderou os ataques, compartilhando vídeo anterior ao início dos protestos em São Paulo para ironizar: "Nem com Rouanet vingou". A declaração contrariava dados da própria USP, que registraram participação superior aos atos de 7 de setembro.


Gustavo Gayer (PL-GO) publicou imagens de Brasília afirmando que "a esquerda está sempre passando vergonha". Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) atacou especificamente Caetano Veloso, chamando-o de "comunista hipócrita" em postagem com caricatura. O pastor Silas Malafaia classificou os protestos como obra de uma esquerda "cretina" que "engana o povo".


A estratégia se inseriu no padrão histórico de Ferreira de disseminar fake news, como documentado pelo Ministério Público de Minas Gerais em denúncia sobre as eleições de 2024. O ANDES-SN já havia repudiado declarações anteriores do deputado contra professores, consideradas "discurso de ódio fascista".


Protestos foram convocados durante a semana pelas redes de movimentos sociais - Foto: Evaristo Sa/AFP
Protestos foram convocados durante a semana pelas redes de movimentos sociais - Foto: Evaristo Sa/AFP

Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) implementou medidas explicitamente autoritárias para obstaculizar os atos. Determinou o fechamento da Ponte Hercílio Luz, tradicionalmente aberta aos domingos, e acionou a Polícia Militar para controlar o acesso.


Parlamentares denunciaram a "intervenção repugnante e indefensável" do governador. O deputado Pedro Uczai (PT-SC) questionou: "Por que essa decisão? De que lado o governo está?". O vereador Afrânio Boppré (PSOL) destacou que a ponte "fica aberta todo domingo" e cobrou explicações do comando da PM.


Manifestantes relataram que, além do fechamento da ponte, a água dos banheiros públicos foi desligada. A medida gerou efeito contrário ao pretendido, ampliando a repercussão nacional e reforçando o caráter democrático dos protestos diante das tentativas de repressão.


Na capital paulista, a Guarda Civil Metropolitana (GCM), comandada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), promoveu ações controversas contra manifestantes pacíficos. Viaturas e motocicletas avançaram com sirenes ligadas em meio à multidão, enquanto agentes usaram spray de pimenta.


O jornalista Chico Pinheiro do ICL denunciou em tempo real: "A GCM está jogando os carros e motos para tentar causar tumulto e tirar o brilho dessa festa democrática que a esquerda está fazendo". A ação ocorreu mesmo com ruas paralelas liberadas para o tráfego, caracterizando provocação desnecessária.


A Secretaria Municipal de Segurança Urbana justificou a ação alegando "princípio de tumulto envolvendo um ex-parlamentar", referindo-se ao ex-deputado Douglas Garcia (Republicanos), apoiador de Bolsonaro que foi hostilizado por manifestantes. Entretanto, testemunhas relataram desproporcionalidade na resposta da GCM.


Orlando Morando, secretário de Segurança Urbana, definiu como "deslocamento comum" a ação que atravessou a multidão. A explicação não convenceu manifestantes, que denunciaram tentativa de intimidação contra o protesto pacífico na Avenida Paulista.


Significado e transformações no cenário político


A repercussão dos atos alterou fundamentalmente as perspectivas de tramitação tanto da PEC da Blindagem quanto da anistia. No Senado, a PEC enfrenta rejeição praticamente certa, com senadores anteriormente indecisos sinalizando voto contrário. A estratégia de unir as duas pautas, criticada até por aliados de Bolsonaro, enfraqueceu ambas as propostas.


Para a anistia, o cenário também se complicou. O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) tenta articular proposta "intermediária" de redução de penas ao invés de perdão total, mas enfrenta resistência crescente. A pressão popular demonstrou que a questão mobiliza setores amplos da sociedade, não se limitando à militância partidária.


O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), avaliou que "o impacto no Congresso será inevitável. O parlamento precisa ouvir a voz das ruas". A manifestação reforçou a posição do governo Lula contra ambas as propostas e forneceu respaldo popular para eventual veto presidencial.


Mulher com cartaz contra projeto que anistia pessoas condenadas pelo 8 de janeiro, durante manifestação em Brasília  • Todas do Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Mulher com cartaz contra projeto que anistia pessoas condenadas pelo 8 de janeiro, durante manifestação em Brasília  • Todas do Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Os atos de 21 de setembro representaram marco na resistência democrática brasileira, comparável às manifestações históricas contra retrocessos autoritários. A capacidade de mobilização em escala nacional, com participação massiva em cidades de diferentes regiões, demonstrou vitalidade das instituições democráticas.


O episódio evidenciou também as diferentes faces do autoritarismo contemporâneo: desde tentativas de desinformação digital até repressão física explícita por parte de governos subnacionais. A resposta popular mostrou que a sociedade brasileira mantém anticorpos contra ameaças à democracia, mesmo em contextos de polarização extrema.


Para o movimento progressista, os atos representaram retomada das ruas como espaço político legítimo. A articulação entre movimentos sociais, partidos, sindicatos e artistas criou frente ampla capaz de influenciar decisivamente o processo legislativo. O fenômeno sugere que a polarização não eliminou a capacidade de mobilização democrática.


A pressão continuará no Senado, onde a PEC da Blindagem deve ser rejeitada na CCJ já na próxima semana. Para a anistia, o cenário permanece em disputa, mas com correlação de forças alterada pela demonstração de força popular. Os atos de 21 de setembro consolidaram-se como ponto de inflexão no debate sobre os limites da democracia brasileira, reafirmando que a vontade popular permanece como instância superior de legitimação política.

 
 
 

Em uma das votações mais polêmicas dos últimos tempos no Congresso Nacional, a aprovação da PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados expôs contradições profundas no cenário político pernambucano. O voto favorável do deputado Pedro Campos (PSB-PE) à proposta que dificulta investigações contra parlamentares não apenas chocou seus eleitores, mas também lançou uma sombra sobre as ambições governamentais de seu irmão, João Campos (PSB), prefeito do Recife. A pergunta que ressoa pelos corredores políticos de Pernambuco é cristalina: como o prefeito pretende se contrapor à governadora Raquel Lyra (PSD) nas eleições de 2026, quando seu próprio partido e família protagonizam o mesmo tipo de blindagem que beneficia os adversários políticos?


Pedro Campos, político do PSB pernambucano, vestido com traje formal e braços cruzados em retrato profissional
Pedro Campos, político do PSB pernambucano

A PEC da Vergonha e o voto familiar inconveniente


A aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados, com 344 votos favoráveis contra 133 contrários, representou um dos episódios mais controversos da atual legislatura. A proposta, que restabelece regras vigentes entre 1988 e 2001, impõe que o Supremo Tribunal Federal (STF) necessite de autorização prévia do Congresso para abrir processos criminais contra parlamentares. Entre 1988 e 2001, período em que essa regra vigorou, apenas um dos 253 pedidos do STF para processar parlamentares foi aceito.


O voto de Pedro Campos a favor da medida causou revolta entre seus eleitores do Sertão do Pajeú, que lotaram suas redes sociais com críticas devastadoras. Mensagens como "Perdeu meu voto votando SIM à PEC da Blindagem" e "Confesso que foi o voto da PEC da Bandidagem que eu mais senti" demonstram o nível de decepção popular. Mais significativo ainda foi o comentário premonitório: "@joaocampos seu irmão vai acabar atrapalhando sua campanha".


João Campos em um cenário formal representando o contexto político do PSB em Pernambuco
João Campos PSB - Pernambuco 

 

A repercussão negativa do voto de Pedro Campos expõe uma contradição fundamental no discurso político da família Campos. Enquanto João Campos busca construir uma imagem de renovação política e combate aos privilégios estabelecidos, seu irmão vota para blindar parlamentares de investigações criminais. Essa incoerência familiar torna-se ainda mais problemática quando consideramos que João Campos lidera as pesquisas para governador com 55% a 57% das intenções de voto, posicionando-se como alternativa à atual governadora.


O PSB e a hipocrisia da vice-presidência


A situação torna-se ainda mais grave quando analisamos a posição do PSB no cenário nacional. O partido ocupa a vice-presidência da República com Geraldo Alckmin e integra oficialmente a base governista de Lula. No entanto, na votação da PEC da Blindagem, cinco dos seis deputados federais do PSB pernambucano votaram a favor da medida que contraria frontalmente os interesses do governo federal.


Esta contradição não é isolada. Em junho de 2025, durante a votação sobre o aumento do IOF, o PSB apresentou comportamento similar: nove deputados do partido votaram pela derrubada dos decretos do governo, enquanto apenas três mantiveram fidelidade à base governista. Dos 11 partidos com ministérios no governo Lula, 63,2% dos votos foram contrários ao governo, evidenciando o derretimento da base parlamentar.


O presidente nacional do PSB, João Campos, encontra-se em uma posição insustentável: como líder de um partido que ocupa a vice-presidência, mas cujos parlamentares sistematicamente votam contra o governo que ajudam a sustentar? Como explicar aos eleitores que, enquanto Alckmin representa o PSB no Palácio do Planalto, os deputados da legenda em Pernambuco blindam investigações que podem beneficiar opositores do governo federal?


Raquel Lyra: A Aproximação Perigosa com o Bolsonarismo


Por outro lado, a governadora Raquel Lyra também enfrenta contradições políticas significativas em sua trajetória. Após deixar o PSDB e migrar para o PSD em março de 2025, Lyra tem adotado uma postura ambígua que ora se aproxima do governo federal, ora flerta com setores bolsonaristas.


Durante seu governo, Raquel manteve o PL de Bolsonaro em sua base aliada, com indicações estratégicas como Ivaneide Dantas na Secretaria de Educação e Anselmo de Araújo Lima na Secretaria Executiva de Justiça. Esta aliança com o PL representa uma proximidade perigosa com o bolsonarismo, especialmente considerando que Pernambuco foi um dos estados que mais rejeitou Bolsonaro nas eleições de 2022, com 70% dos votos para Lula.


Governadora de Pernambuco
Governadora Raquel Lyra PSD - Pernambuco

A migração para o PSD, partido de Gilberto Kassab que tem como principais nomes os governadores Ratinho Júnior (Paraná) e Tarcísio de Freitas (São Paulo), posiciona Raquel Lyra em um campo político de centro-direita que pode lhe render dividendos eleitorais, mas também a afasta do governo federal que ela tanto buscou apoiar. Kassab deixou claro que o PSD terá candidato próprio à Presidência em 2026, contrariando os planos de Lyra de apoiar Lula.


Os números devastadores da violência em Pernambuco


Enquanto os principais candidatos ao governo estadual navegam entre contradições políticas e alianças questionáveis, Pernambuco vive uma situação de calamidade na segurança pública que expõe as fragilidades de ambas as gestões.


Os dados são alarmantes: entre janeiro e abril de 2025, foram registradas 35 mulheres mortas por feminicídio, o dobro do mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre de 2025, 12 pessoas em situação de rua foram baleadas e mortas no Grande Recife, o maior número desde que o Instituto Fogo Cruzado iniciou o monitoramento há sete anos. Entre crianças e adolescentes, 52 pessoas com idades entre 4 e 17 anos perderam suas vidas por arma de fogo em Pernambuco.


SINPOL-PE alerta para aumento da violência na zona sul do Recife, destacando preocupações com a segurança pública em Pernambuco
SINPOL-PE alerta para aumento da violência na zona sul do Recife, destacando preocupações com a segurança pública em Pernambuco

Embora o governo estadual divulgue reduções percentuais nos índices de violência - alegando queda de 11% nas Mortes Violentas Intencionais no primeiro semestre de 2025 - a realidade nas ruas contradiz os números oficiais. O presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), denunciou que apenas em um fim de semana foram registrados 26 assassinatos.


A governadora Raquel Lyra, que prometeu reduzir 30% da violência armada letal até 2026, está cada vez mais distante de cumprir sua meta. Se a média atual se mantiver, 2024 fecharia com uma taxa de 43,3 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes, bem acima da meta de 26,5 estabelecida pelo governo.


João Campos: O prefeito entre o Marketing e os Problemas Reais


Por sua vez, João Campos, apesar de liderar as pesquisas eleitorais com aprovação de 80% a 82% no Recife, enfrenta questionamentos sobre a real efetividade de sua gestão municipal. O prefeito iniciou seu segundo mandato tendo que dar explicações ao Tribunal de Contas do Estado sobre um suposto superfaturamento de R$ 7,8 milhões na construção do Hospital da Criança.


  Police officers lined up next to police vehicles illustrating security presence in Pernambuco 

Além disso, João Campos é constantemente criticado por investir prioritariamente em marketing digital e promoção pessoal, sendo o "prefeito do Brasil mais seguido nas redes sociais", enquanto questões estruturais como saneamento básico e segurança pública permanecem sem soluções definitivas. Seus adversários o acusam de "investir em marketing e não enfrentar as questões urgentes da cidade".


A gestão de creches municipais também gerou controvérsias durante a campanha de 2024, com adversários apontando irregularidades nos contratos. Esta situação coloca em xeque o discurso de eficiência administrativa que João Campos pretende levar para o governo estadual.


A calamidade política: Autoritarismo disfarçado de Democracia


O cenário que se desenha em Pernambuco para 2026 é de uma disputa entre dois projetos que, cada um à sua maneira, flertam perigosamente com o autoritarismo. De um lado, temos João Campos, cujo partido sistematicamente vota contra o governo federal que afirma apoiar, e cuja família protagoniza episódios de blindagem parlamentar que contradizem o discurso de transparência.


Do outro lado, Raquel Lyra representa um projeto que se equilibra precariamente entre o apoio ao governo federal e alianças com setores bolsonaristas, em um estado que rejeitou massivamente Bolsonaro. Sua migração para o PSD, partido que já anuncia candidatura própria à Presidência contra Lula, evidencia o caráter oportunista de suas alianças políticas.


A aprovação da PEC da Blindagem, com votos decisivos tanto do PSB quanto do PSD, revela que ambos os partidos compartilham a mesma lógica corporativista que protege políticos de investigações. Esta convergência autoritária, disfarçada de debate democrático, expõe que a disputa de 2026 pode ser entre dois projetos que, fundamentalmente, defendem os mesmos privilégios estabelecidos.

 
 
 
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