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Da Redação do Radar Literário


A Feira do Livro de Bolonha, renomado evento internacional dedicado à literatura infantil e juvenil, prepara-se para uma edição histórica em 2025. Pela primeira vez, o evento sediará um summit focado na inteligência artificial (IA), refletindo a crescente influência dessa tecnologia no mercado editorial. O BolognaBookPlus 2025, programa profissional da feira, anunciou a realização do primeiro AI Summit, programado para o dia 1º de abril de 2025, terça-feira, durante a feira.


Feira do Livro de Bologna - Fonte: Divulgação.
Feira do Livro de Bologna - Fonte: Divulgação.

Este summit reunirá um painel internacional de especialistas que estão na vanguarda da integração da IA na indústria editorial. Entre os palestrantes confirmados estão Chantal Restivo-Alessi, Chief Digital Officer da HarperCollins; Nancy Traversy, CEO da Barefoot Books; e Nadim Sadek, cofundador da Shimmr AI e autor do livro "Shimmer, Don’t Shake", que aborda a aplicação da IA no mercado editorial.


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As discussões se concentrarão em temas cruciais, como a adoção estratégica da IA, ferramentas práticas para o mercado editorial, inovações na descoberta de conteúdo e branding em um cenário impulsionado pela IA. O objetivo é fornecer aos editores insights e ferramentas necessárias para prosperar em um ambiente cada vez mais influenciado pela inteligência artificial.


A iniciativa reflete a crescente importância da IA no setor editorial, desde a otimização de fluxos de trabalho até o engajamento do público. A Feira do Livro de Bolonha reconhece que a inteligência artificial está transformando rapidamente a forma como os editores lidam com criatividade, operações e interação com os leitores. O programa busca inspirar os editores a enxergarem a IA como uma parceira colaborativa para a criatividade e a excelência operacional.


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Além disso, o evento contará com a participação de profissionais de diferentes partes do mundo, oferecendo uma visão global sobre as experiências e aspirações no mercado editorial em relação à IA. As sessões serão estruturadas para se complementarem, ajudando os participantes a adotar a IA com confiança, implementá-la de forma responsável e explorar todo o seu potencial transformador para o mercado editorial.


A realização deste summit destaca a Feira do Livro de Bolonha como um espaço de inovação e reflexão sobre as tendências que moldam o futuro da literatura infantil e juvenil. Ao abordar o impacto da inteligência artificial, o evento reafirma seu compromisso em proporcionar aos profissionais do setor as ferramentas e conhecimentos necessários para navegar nas transformações tecnológicas que estão redefinindo o mercado editorial.


Com a participação de especialistas renomados e a discussão de temas relevantes, o AI Summit promete ser um marco na história da Feira do Livro de Bolonha, oferecendo aos participantes uma compreensão aprofundada sobre as oportunidades e desafios que a inteligência artificial apresenta para o mundo da literatura.

 
 
 
  • Foto do escritor: Raul Silva
    Raul Silva
  • 9 de jan.
  • 2 min de leitura

Por Raul Silva para o Radar Literário


Após uma década de desafios e transformações, o mercado editorial se reinventa para atender às novas demandas dos leitores.


Guia do Estudante/Reprodução
Guia do Estudante/Reprodução

A última década foi marcada por profundas mudanças no mercado editorial brasileiro. Entre 2006 e 2019, o setor encolheu 20%, com o faturamento real caindo de R$ 1,6 bilhão para R$ 1,1 bilhão. Essa retração foi acompanhada por uma queda de 36% no preço real dos livros, refletindo a necessidade de adaptação a um público cada vez mais conectado e exigente. Em 2019, o mercado editorial global registrou um crescimento de 6% no faturamento, impulsionado principalmente pelo aumento de 600% nas vendas digitais. No entanto, a pandemia de COVID-19 trouxe novos desafios, com restrições que afetaram a produção e a distribuição de livros. O e-commerce emergiu como uma alternativa viável, representando 12,7% do faturamento naquele ano. Já em 2022, o setor enfrentou uma queda de 10,11% nas vendas globais de livros comerciais em relação a 2021, atingindo US$ 76,14 bilhões, o menor valor dos últimos cinco anos. Esse declínio acentuou a necessidade de inovação e adaptação às novas realidades do mercado.


Durante a Feira do Livro de Londres em 2019, Margot Atwell, do Kickstarter, apresentou previsões para 2025, destacando tendências como diversidade, descentralização e maior aproximação com os leitores. Essas previsões indicam um movimento em direção a uma indústria mais inclusiva e orientada ao público. O ano de 2025 apresenta-se, portanto, como um período crucial para o mercado editorial brasileiro. Após anos de crises sucessivas, o setor busca soluções para desafios como a recuperação de preços e a ampliação do hábito de leitura entre os brasileiros. A necessidade de adaptação às novas tecnologias e às mudanças nos hábitos de consumo torna-se imperativa para a sobrevivência e prosperidade das editoras e livrarias.


A transformação digital impacta significativamente o mercado de livros e papelaria. O crescimento do e-commerce e a busca por praticidade pelos consumidores exigem que livrarias e papelarias adaptem-se às novas tendências, oferecendo experiências de compra online eficientes e atraentes. A diversificação e profissionalização do mercado editorial nas últimas décadas são notáveis. No entanto, o baixo índice de leitura no Brasil continua sendo um obstáculo significativo, exigindo estratégias eficazes para promover a leitura e expandir o público consumidor de livros.


A última década foi desafiadora para o mercado editorial brasileiro, com retrações significativas no faturamento e no preço dos livros. No entanto, a adaptação às novas tecnologias e a busca por soluções inovadoras indicam um caminho promissor para 2025. A diversificação, a aproximação com os leitores e a profissionalização do setor serão fundamentais para revitalizar o mercado e promover a cultura literária no país.


 
 
 
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