A Máquina de Destruição: Como Bolsonaristas transformaram Fake News em arma de Terrorismo Financeiro
- Raul Silva

- 26 de ago.
- 7 min de leitura

Não há mais espaço para eufemismos. O que testemunhamos na última semana de agosto de 2025 não foi simplesmente “desinformação” ou “teoria conspiratória”. Foi um ataque coordenado e criminoso contra o sistema financeiro brasileiro, orquestrado por políticos eleitos que transformaram suas prerrogativas democráticas em instrumentos de sabotagem nacional.
Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer e Allan dos Santos não são “influenciadores” que “exageraram” em suas interpretações. São crimes digitais que fabricaram deliberadamente uma campanha de terror financeiro que custou R$ 42 bilhões ao mercado brasileiro e colocaram em risco a estabilidade econômica de 215 milhões de brasileiros.
O Crime Perfeito: Quando Deputados se Tornam Terroristas

A operação foi milimetricamente calculada. No dia 18 de agosto, quando o ministro Flávio Dino tomou uma decisão técnica sobre a aplicação de leis estrangeiras no Brasil, estes mercenários da mentira imediatamente enxergaram uma oportunidade de ouro: transformar um ato de soberania nacional em motivo de pânico financeiro.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal da República , usou sua proteção institucional para mentir descaradamente ao afirmar que "o Banco do Brasil será cortado das relações internacionais, o que o prejudicará". Esta não foi uma "interpretação equivocada" - foi uma mentira deliberada e criminosa proferida por alguém que sabia exatamente o impacto de suas palavras.
Gustavo Gayer, outro deputado federal , converteu sua tribuna em plataforma de sabotagem ao alertar criminosamente para que a população "tirasse seu dinheiro dos bancos". Suas publicações, replicadas por uma rede organizada de sites de extrema-direita, atingiram 1,5 milhão de visualizações[citação do texto original].
Allan dos Santos, o fugitivo internacional que opera dos Estados Unidos como braço digital do bolsonarismo, completou a operação com uma publicação no X que acumulou 800 mil visualizações, alegando falsamente que uma decisão permitiria ao STF confiscar "todo o dinheiro dos brasileiros".
A Monetização do Caos: O Lado Obscuro da Economia Digital

Esta não foi uma operação amadora. Foi uma indústria profissional de desinformação que lucra milhões com o caos que semeia. Allan dos Santos, investigado por múltiplos crimes, opera uma verdadeira empresa de terrorismo digital que monetiza cada visualização, cada compartilhamento, cada clique gerado pelo medo que produz.
O modelo é perverso e eficiente: criar pânico financeiro, gerar engajamento massivo, que por sua vez gera receita publicitária nas plataformas digitais. Enquanto milhões de brasileiros corriam para os bancos em desespero, estes empresários do ódio convertiam cada momento de angústia nacional em dólares em suas contas bancárias.
A investigação do Supremo Tribunal Federal já revelou que a indústria brasileira de desinformação movimentou mais de R$ 6,8 milhões apenas no YouTube entre 2018 e 2022. Este episódio do "confisco bancário" representa uma evolução criminosa desta máquina: o discurso político passado ao terrorismo econômico.
Responsabilidade Criminal: Chegou a Hora da Prestação de Contas

O que estes indivíduos praticaram possui tipificação criminal clara e inequívoca no ordenamento jurídico brasileiro:
Lei nº 7.492/86 (Lei do Sistema Financeiro) , em seu artigo 3º, pune com 2 a 6 anos de reclusão quem "divulgar informação falsa ou prejudicialmente incompleta sobre instituição financeira". Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer praticaram exatamente este crime ao espalharem mentiras sobre a suposta falência do Banco do Brasil.
Código Penal , artigos 138 a 140, tipifica crimes contra a honra, aplicável quando há difamação dolosa de instituições. Os ataques coordenados contra o Banco do Brasil enquadraram-se perfeitamente nesta categoria.
A Lei de Segurança Nacional pode ser aplicada quando há ataques ao sistema financeiro nacional com potencial de causar instabilidade econômica.
Não estamos falando de "liberdade de expressão". A liberdade de expressão não inclui o direito de mentir especificamente para causar corrida bancária. A liberdade de expressão não protege a produção de terror financeiro. Isso é crime, ponto final.
A Instrumentalização Criminosa da Lei Magnitsky

A ironia é devastadora: enquanto Donald Trump aplicava os brasileiros seletivamente a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes por alegadas transparentes de direitos humanos, seus aliados brasileiros praticavam terrorismo financeiro real contra 215 milhões de sem que isso gerasse qualquer sanção americana.
A Lei Magnitsky, originalmente criada para punir violadores de direitos humanos, tornou-se instrumento de chantagem geopolítica nas mãos da administração Trump. Enquanto ditadores como Bukele e autoritários como Orbán recebiam tratamento preferencial, um ministro brasileiro que processava tentativas de golpe de Estado era sancionado.
Esta instrumentalização política da lei foi imediatamente explorada pelos bolsonaristas como combustível para sua máquina de terror financeiro. Converteram uma decisão geopolítica americana em pretexto para atacar a economia brasileira. Isso é traição à pátria.
O Banco do Brasil na Linha de Frente da Defesa Nacional

O Banco do Brasil, instituição centenária e pilar do sistema financeiro nacional, reagiu com a dignidade e firmeza que a situação trazida. Ao denunciar formalmente os ataques à AGU, o banco declarou que não tolerará ser usado como peão em jogos políticos de extremistas.
A ocorrência institucional foi exemplar: documentaram metodologicamente os crimes, identificaram os responsáveis e acionaram os órgãos competentes para investigação. Esta é a resposta que uma democracia madura deve dar aos que tentam destruí-la por dentro.

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) oferece proteção de até R$ 250 mil ao depositante em cada instituição financeira, refutando completamente as mentiras sobre possível "confisco". Estas proteções existem desde 1995 e são extremamente conhecidas por quem atua no mercado financeiro. Os bolsonaristas sabiam que estavam mentindo.
A Cumplicidade Silenciosa das Plataformas Digitais

As plataformas digitais são cúmplices diretas desta operação criminosa. YouTube, X, Instagram, Facebook - todos lucraram com a amplificação do terror financeiro enquanto fingiam que não podiam fazer nada para impedir a propagação de mentiras flagrantes sobre o sistema bancário brasileiro.
O modelo de negócios dessas empresas é intrinsecamente criminoso : quanto mais ódio, medo e desinformação circulam, mais engajamento geram, mais anúncios vendem, mais lucram. Elas são parceiras econômicas dos terroristas digitais.
Chegou a hora de responsabilidade criminalmente pelos conteúdos que monetizam. Não pode haver “neutralidade” quando se lucra com ataques ao sistema financeiro nacional. Ou são parceiros da democracia ou são cúmplices dos criminosos.
O Precedente Histórico: Nunca Mais Um Plano Collor
O trauma do confisco da poupança de 1990 permanece na memória coletiva brasileira como uma ferida aberta. Fernando Collor destruiu a confiança de milhões de brasileiros no sistema financeiro ao confiscar 80% das cadernetas de poupança, equivalente a 30% do PIB da época.
É exatamente por isso que a Emenda Constitucional 32 de 2001 proíbe expressamente qualquer tipo de confisco de poupança ou investimentos financeiros. Os bolsonaristas sabiam disso quando espalharam suas mentiras. Exploraram deliberadamente o trauma nacional para seus fins políticos.
Esta manipulação do sofrimento histórico do povo brasileiro para fins eleitorais representa o que há de mais baixo e vil na política. Transformaram a dor coletiva em combustível para sua máquina de ódio e destruição.
A Falência Moral do Bolsonarismo
O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), na tribuna da Câmara, teve o desfaçatez de "pedir desculpas" por ter inicialmente negado a possibilidade de confisco, como se sua racionalidade inicial fosse um erro. Este é o nível de manipulação mental que chegou ao bolsonarismo: pedir desculpas pela sanidade.
Estes políticos não representam mais o povo brasileiro. Representam interesses estrangeiros e redes criminosas internacionais que lucram com a instabilidade do Brasil. São agentes de potências estrangeiras disfarçados de deputados nacionais.
A extrema direita brasileira se tornou uma franquia internacional do movimento autoritário global. Recebemos ordens, estratégias e financiamento de fóruns, e implementamos ataques coordenados contra as instituições democráticas brasileiras. Isso é traição à pátria.
A Hora da Verdade: Cadeia Já!
Não há mais tempo para meias-medidas. Eduardo Bolsonaro, Gustavo Gayer e Allan dos Santos praticaram crimes contra a segurança nacional . Causaram danos bilionários à economia brasileira. Promoveram o terrorismo financeiro contra 215 milhões de brasileiros.
A Polícia Federal deve prendê-los imediatamente . O Ministério Público deve oferecer denúncia de terrorismo , crimes contra o sistema financeiro e atentado contra a segurança nacional . O Congresso deve cassar os mandatos dos deputados envolvidos por quebra de decoro parlamentar.
TIMELINE DA DESINFORMAÇÃO BANCÁRIA
Dados | Evento | Principais Atores | Impacto Estimado |
18/08/2025 | Decisão de Flávio Dino sobre leis estrangeiras | Flávio Dino | Base legal para teorias |
18/08/2025 | Início das teorias conspiratórias bolsonaristas | Bolsonaristas diversos | Início da desinformação |
19/08/2025 | Allan dos Santos publica teoria conspiratória (800k visualizações) | Allan dos Santos | 800.000 visualizações |
20/08/2025 | Eduardo Bolsonaro publica vídeo no YouTube (mais de 500 mil visualizações) | Eduardo Bolsonaro | Mais de 500.000 visualizações |
20/08/2025 | Bancos perdem R$ 42 bilhões em valor de mercado | Mercado financeiro | R$ 42 bilhões perdidos |
20/08/2025 | Entrevista de Moraes à Reuters | Alexandre de Moraes/Reuters | Mais de 1.500.000 visualizações |
21/08/2025 | BB bloqueado cartões de Moraes | Banco do Brasil | Adequação real à lei |
24/08/2025 | BB denuncia fake news à AGU | Banco do Brasil/AGU | Resposta institucional |
25/08/2025 | AGU aciona PF para investigar | AGU/Polícia Federal | Investigação oficial |
A democracia brasileira não pode conviver com terroristas digitais eleitos. Não se pode tolerar deputados-criminosos que usem suas prerrogativas para atacar o próprio país que os elegeu. Não se pode aceitar traidores da pátria disfarçados de parlamentares.
Guerra Declarada à Democracia
O que aconteceu não foi um “episódio isolado” ou “exagero político”. Foi uma declaração de guerra dos bolsonaristas contra a democracia brasileira, usando armas de destruição em massa digital para causar terror financeiro na população.
Esta operação criminosa prova definitivamente que o bolsonarismo não é um movimento político legítimo. É uma organização criminosa internacional que ataca sistematicamente as instituições democráticas brasileiras de serviço de interesses estrangeiros.
A escolha é clara: ou a democracia brasileira derrotará esta máquina criminosa , ou ela destruirá o país por dentro. Não há meio-termo. Não há negociação. Não há coexistência com terroristas digitais.
A hora da tolerância acabou. A hora da Justiça chegou.
ALCANCE DAS PUBLICAÇÕES VIRAIS
Publicação | Visualizações | Plataforma | Tipo Conteudo |
Allan dos Santos (X/Twitter) | 800000 | X/Twitter | Pós-viral |
Eduardo Bolsonaro (YouTube - vídeo 1) | 500000 | YouTube | Vídeo longo |
Gustavo Gayer (várias redes) | 1500000 | Múltiplas | Postagens + histórias |
Conteúdo replicado diversos perfis | 1200000 | Várias | Replicações |
Total estimado (todas as redes) | 4000000 | Todas | Conjunto total |
Os dados sobre o alcance das publicações desinformativas demonstram a dimensão industrial desta operação criminosa. Mais de 4 milhões de visualizações não acontecem por acaso - são resultado de uma máquina profissional de destruição democrática que precisa ser desmantelada imediatamente.




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